quarta-feira, 16 de abril de 2008

Integração 2007

Novidades e focos diferentes na Integração 30/09/2007

Foi assim que participei da Corrida Integração 2007. Nesse ano a inovação ficou por conta do novo local da largada, agora localizada na praça Arautos da Paz, anexa à Lagoa do Taquaral em Campinas.

O mesmo percurso, com início diferente. Uma prova com subidas, descidas e retas bem delineadas. O esforço foi grande, e o dia estava ótimo para correr. Sol, mas não muito calor.

Agora, o grande barato da prova foi o que pude proporcionar a meu mais novo e ilustre amigo. Como sempre ressalto essa idéia da corrida como local de novas amizades, e dessa vez também não foi diferente. Todos vocês devem conhecer um ser que corre a prova inteira com UM POTE NA CABEÇA. Pois bem, ele se chama Jura do Pote, e trabalha na PUC Campinas, junto comigo.
Ele é mais um que veio do Nordeste em busca de novas oportunidades na vida, e sua história, de muito suor e esforço, é sempre descrita com um sorriso no rosto.

A história do pote é longa, e iniciou-se quando jovem, em uma feira de rua, que no momento que tinha suas mãos ocupadas com outras mercadorias, equilibrou uma melancia na cabeça. Desde então, esse é o símbolo de sua vida.

Assim, ligando essa história à minha...esse ano planejei que toda a minha família pudesse correr a Integração. Meu pai, como de praxe, e minha mãe, estreante no mundo das corridas. Porém o destino impediu minha mãe de correr dessa vez, e essa inscrição pendente ficou para quem? Sim! Pude presentear o Jura com a inscrição, dando-lhe o direito de receber camiseta, medalha e colocação oficial.
Sua alegria era imensa, e a minha também. Acho que o grande barato da corrida é esse: você superar todos seus limites, e também conhecer essas maravilhosas histórias de superação.
Parabéns Jura e parabéns Integração. Nesse ano, fizemos jus ao seu nome.

Meu tempo total: 42 minutos

Organização: 10 Dificuldade: 7 Diversão: 9

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Meia maratona na cidade maravilhosa 02/09/07

21K de muita amizade!



Um looongo percurso
Fonte: Webrun


5 histórias completas de uma meia-maratona

No último domingo corri a meia maratona internacional no Rio de Janeiro. Apesar de convidar diversos amigos, acabei viajando sozinho para a cidade maravilhosa. Eu era um, entre 14000 corredores. Mas a melhor coisa dessas corridas aconteceu e ainda antes da prova, não estava sozinho mais.
Conheci novos amigos, de distâncias mais longínquas que a minha. Fortaleza e Belo Horizonte, e aqui estão alguns deles.

Encontrei o Nil, de Belo Horizonte, logo quando cheguei para a retirada do chip da prova. Como o ônibus adiantou minha chegada (das 7 da manha para a as 6), imaginei que teria que esperar uma hora para conseguir meu kit. Por sorte, encontrei o esse mineiro que vinha pela 1a vez para o Rio e, com o papo, a fila logo andou (eu era o 8o dela). Depois que pegamos o chip, continuamos a conversar sobre corridas. Ele me contou que veio para a cidade sem lugar para ficar, ele teria que ARRANJAR um hotel ainda. Isso que é coragem, vir sem lugar para ficar para no outro dia correr uma meia maratona. Fiquei impressionado (ele arranjou um lugar junto com outro corredor, logo em seguida).


Conversei também com Isaac Pereira, da cidade de Moriana, também de Minas Gerais. Ele comemorou seu 45o aniversário durante a prova. Diferente de mim e da maioria dos corredores, ele já é um corredor profissional, com um currículo de provas como Ultra e Supermaratonas. Ele já havia corrido em Assunção no Chile, e corria uma média de 140K por semana!
Outra pessoa muito interessante que conheci foi Márcio Galeno, de São Paulo. Personal trainer e representante de uma linha de géis energéticos que eu adoro, ele me contou que conhecia o rapaz que morreu durante a prova da TVB de Campinas do dia 26 de agosto (onde eu moro). Márcio falou que as pessoas atualmente entram nessas corridas sem estarem realmente preparadas, e os riscos dessa curtição pode ser fatal. Preparação é tudo!


Chegando no hotel na Lapa, um bairro boêmio do Rio (um local que cheirava urina, infelizmente, ainda mais embaixo dos Arcos da Lapa), tratei de saber se mais algum corredor se hospedara alí, e não é que eu descubro que sim! Francisco de Assis Brandão, 28 anos, advogado em férias, veio com o tio, para a competição. Propus racharmos um táxi no dia da prova (sairíamos as 7 da manhã...e a prova era 9 e 15).


No caminho para o início da prova (que era praticamente o oposto do local onde tínhamos nos hospedado), rimos muito, Francisco era divertido e animado, falou que tirando o tio, também veio sozinho, mas não é que na espera pela largada ele encontra pelo menos uns 5 amigos conterrâneos? Todos vieram de lá somente para correr! Pode? Isso que é amor pela corrida.
Conheci nessa turma Cláudio, um senhor que já passou dos 50, funcionário público, que já correu diversas provas, e é presidente do grupo de corridas da cidade. "Isso aqui é bom demais". Faço das palavras dele as minhas.


Minutos antes da largada, nos perdemos. A aglomeração é tanta próximo a linha que divide elite e povão que o empurra empurra, aperta-aperta nos faz caminhar sem termos controle (somos levados pela galera). Assim, com a largada, me perdi do grupo. Mas comecei a correr, e que sensação indescritível é correr beira-mar por Ipanepa e Copacabana. Junto a outro corredor, eu agitava a torcida em busca de aplausos. Conseguíamos alguns poucos, mas suficientes para vencer mais um quilômetro.


Com o tempo nublado, perfeito para uma prova, e com água em abundância, corri bem. E apesar do cansaço nos quilômetros finais, dei um pique nos últimos 100 metros e terminei a prova com 1 hora e 31 minutos! Fiquei muito satisfeito! E mais contente ainda, logo na minha cola, o Nil (aquele da fila do chip as 7 da manha do sábado), vem me cumprimentar. Ele terminou 1 minuto depois de mim! Rimos, pegamos a medalha juntos, e com essa amizade já garanti abrigo para a Volta da Pampulha em dezembro, em Belo Horizonte. Agora já tenho teto em BH e Fortaleza, e isso que é o barato das corridas. Você vai sozinho, e tem 15000 oportunidades de fazer novos amigos.


Organização 10 Dificuldade 9 Diversão 10
Parabéns Rio de Janeiro por uma prova tão bonita e meu sincero obrigado a todos esses novos amigos que fiz! Vocês são bem-vindos também quando vierem para minha cidade!

Morungaba Mountain Bike 40K


5 de agosto de 2007

Enraivecido com o meu desgaste físico, no final da prova

MORUNGABA MANDA BEM EM PROVA DESGASTANTE

Foi em um nublado 1o domingo de agosto que participei da mountain bike em Morungaba. Com duas opções, passeio e competição, com 30 e 38 quilômetros de extensão respectivamente, a prova foi extenuante. Com subidas muito íngremes (principalmente a última, onde os atletas já haviam percorrido cerca de 35 quilômetros, provaram que o ciclismo nestas condições não é para qualquer um. Um exemplo disso sou eu mesmo, corredor e triatleta, que penei para vencer a distância. Basicamente por causa da falta de comida (levei apenas um gel energético e uma barrinha, e senti muita fome por volta dos 33k).
A prova pecou em alguns aspectos, como a falta de informação sobre a quilometragem nos diversos pontos onde representantes da competição indicavam o caminho, não permitindo aos ciclistas saber o quanto faltava para a chegada. Além disso, o passeio não foi tão passeio assim, uma vez que a diferença de quilometragem era pouca, e os participantes dessa modalidade enfrentaram a mesma ladeira final que os competidores. Vi um pai empurrando a sua filha ao longo da subida, e muitos (assim como eu) empurrando suas bicicletas ladeira acima. E por fim, os locais onde a distribuição de água era feita chegou a atrapalhar o recebimento dela (a 1o logo após uma dura subida que desembocava em um local de estreita passagem e o 3o no começo de uma subida, não permitindo aos bikers a hidratação imediata).
Apesar destas falhas, o visual do local era muito agradável e a trilha bem radical (cheguei a atingir 60 km/hora em uma das grandes descidas). Os ciclistas estavam concentrados e lutavam de um modo fair play. Ao final, um pequeno troféu de participação e uma bebida geladinha, como raramente se vê em competições. E, por ser esta a última etapa da competição, local para almoço, cerveja gelada e uma banda fizeram parte da entrega das premiações dos vencedores.


Organização 8 Dificuldade 10 Diversão 9



Parabéns aos organizadores e a Morungaba, que sabem como agitar um domingo desde cedo!
Luis Corvini Filho